sábado, 16 de setembro de 2006


Comecei a copiar uma poesia do
Fernando Pessoa para esse post.

Chama-se Tabacaria.
Gosto muito dela, é muito grande.

Conforme fui escolhendo os pedaços que colocaria,
me descobri triste, desalentada...

Resolvi então que não faria isso com vcs.
Não merecemos isso.
Escolho que esse espaço seja de alegrias e diversão,
escolho que falemos de coisas boas.

Claro, tenho minhas tristezas. Mas essas, são minhas.
Com vcs quero partilhar a alegria de viver,
a felicidade de ver meu avô esperando feito criança
dar meia noite e um para escolher
quem daria o primeiro abraço nele.

Meu David foi o eleito, o escolhido.
Contar um pouquinho daquelas palavras,
lindas e sábias que então ele falou:

"Todos os dias eu agradeço a Deus pela vida.
Mesmo tendo trabalhado desde os 6 anos de idade,
nunca deixei de ser feliz um só dia.
Tive tristezas, chorei, me decepcionei.
Mas nada tirou minha alegria de estar vivo
nem minha fé em Deus, que só faz o bem pra mim.

O preço de viver muito é que perdemos os amigos
e pessoas que amamos,
mas tenho 17 pessoas vivas
que eu amo ao meu lado, família que
eu formei com minha Rosa.
Sem falar nas tantas outras que conheci
e aprendi a amar tbm. "

Fiquei ouvindo...
Fiquei pensando...
O Rabino hoje falou de transformarmos o inferno
no Paraíso, um lixão em um campo cheio de árvores
e flores onde pessoas passeiam.

É isso, vou pegar meus problemas
e transformá-los em arte.

Me perdoem a ausência, me perdoem a demora,
me perdoem pela minha dor.

Tudo passa. Passará.
Passarei.